terça-feira, 23 de abril de 2013

Cada banco uma história - Casa Paulista




Cada banco uma história.
Casa Paulista – Secos e Molhados (José Bustani).



José Bustani.

Libanês, nascido em Beirute aos 19 de dezembro de 1909, mas douradense de coração. Veio para o Brasil com 11 anos de idade, filho de Pedro Bustani e Rosa Honce Bustani. Ficou orfão muito cedo, recebeu ajuda de seu tio Felipe Honce comerciante, que possuia um armazém de secos e molhados “Casa Paulista” situado à rua Dr. Marques Ferreira hoje a Padaria Central onde começou a trabalhar.

Casou-se com Mercedes Fattore em 27 de junho de 1940. Com a mudança do tio para São Carlos, passou a ser proprietário do armazém.
Trabalhou muito tempo no comércio de Dourado, servindo moradores, fazendeiros e colonos. Época áurea do comércio douradense quando todas as portas comerciais estavam abertas e a rua Dr. Marques Ferreira considerada a rua principal da cidade.

Foi convidado para gerenciar a Cooperativa dos Cafeicultores de Dourado que estava sendo montada. Trabalhou nessa cooperativa até se aposentar.

Teve duas filhas, Rosali e Marta, três netos Fábio, Flávio e Marcelo, dois bisnetos Ana Beatriz e Gustavo que não veio a conhecer, pois faleceu em 25 de outubro de 1980, aos 70 anos de idade.

Sócio fundador do Dourado Clube, junto com sua esposa Mercedes trabalhou para a compra do prédio próprio, passando o Livro de Ouro para as pessoas influentes de nossa cidade. Que ajudaram com consideráveis quantias. Conseguiram assim, junto com outros douradenses adquirir o imóvel onde se instalou o clube que funciona até hoje.

Sócio fundador do Uaru Clube. Promovia e animava muitas festas, bailes e carnavais.

Homem de muito caráter e de bom coração.

José Bustani um autêntico cidadão douradense.



Pesquisa - Jornal “O Dourado” - Edição de 7 de março de 2007 – Ano 11, nº 209, pág. 8.
Texto: Rudynei Fattore.

Fotos: Praça São João Batista.




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terça-feira, 2 de abril de 2013

Cada Banco, uma história.



Cada Banco, uma história.
Bazar Americano.

Jornal “O Dourado” - Edição de 01/06/2007 – Ano 11, pág. 4.



Os bancos de granito da nossa Praça da Matriz, aqueles mais conservados e resistentes, estão lá há 61 anos.
Eles perpetuam os nomes dos que tiveram uma trajetória de grande valorização na história de Dourado.

Entre eles, destacamos hoje, uma grande empresa que no século passado foi uma referência de nossa cidade.
O Bazar Americano de Chead & Jorge Nemes, cujo prédio situado na rua Dr. Marques Ferreira com a Rua Santos Dumont, ainda ostenta em sua fachada o nome da grande empresa de tecidos e armarinhos.

Numa época em que comerciantes de pequenos municípios sentiam uma grande dificuldade para se locomoverem até os centros mais evoluídos para suas compras, o Bazar Americano era a alternativa da região.

Seus vendedores viajavam de trem ou nas precárias linhas de jardineiras (ônibus).
O estoque de tecidos da firma Chead e Jorge Nemes, se igualava ou superava muitas lojas da cidade de São Carlos e outras circunvizinhas.

O Bazar Americano era fonte de uma grande parte da receita da nossa prefeitura.
Com sua loja de tecidos e atacado de armarinhos, ela agregava mais de 10 funcionários diretos e um número muito grande de indiretos.

Chead e Jorge Nemes, dois irmãos vindos do mundo árabe projetaram por muito tempo o nome da nossa pequena cidade.

Após a aposentadoria e já cansados, venderam a loja que era a grande referência de nossa cidade. A partir daí, com novos proprietários, ela não conseguiu suportar a concorrência que outras cidades, já servidas de vias de asfalto e com as linhas de ônibus que começaram a surgir, encerrou suas atividades.

Para os mais antigos, o Bazar Americano até hoje é uma lembrança de otimismo de nossa cidade onde suas carroças e raros automóveis circulavam em ruas de terra batida.

Hoje, ainda vemos na parede do prédio o nome de Bazar Americano de propriedade de dois irmãos vindos do mundo velho.


Chead e Jorge Nemes, com seu Bazar Americano, muito fizeram por nossa cidade.

Texto: Rudynei Fattore.

Colaboração: Osvaldo Virgilio.

Foto panorâmica EMEF Senador Carlos José Botelho e Igreja Matriz de Dourado. 





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