quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Praça Alfredo Araújo, Dourado – SP, Brasil.


Conhecida pelos cidadãos como a “Praça da Prefeitura”, Está localizada nas coordenadas 22º 06’ 54.33” latitude Sul e 48º 19’ 03.04” longitude Oeste e entre as ruas Santos Dumont e Demetrio Calfat, no Centro de Dourado e compreende o prédio da Prefeitura Municipal (FIGURA 06).



FIGURA 06: Visão panorâmica. Localização da Praça Alfredo Araújo presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).



De acordo com a Prefeitura Municipal de Dourado, foi denominado o largo situado no bairro Centro, dentro do perímetro urbano do município, entre as Ruas Santos Dumont e Demetrio Calfat, sob a Lei Nº 112 (de 28 de novembro de 1951) de Praça Alfredo Araújo (Prefeitura Municipal de Dourado).

É uma das construções mais antigas da cidade de Dourado – SP e consigo traz relatos da vida passadista e dos momentos mais importantes ocorridos e registrados. 
 
A praça foi construída em 1928 junto ao prédio da Prefeitura Municipal (FIGURA 19) e seu nome veio em homenagem ao prefeito Alfredo Araújo que permaneceu 20 anos no mandato político da cidade (1906 – 1926). A arquitetura do lugar abrangia a moda da época, contendo iluminações com postes de ferro, forrações como, por exemplo, os gramados (Paspalum notatum Flügge) que agradavam os visitantes e moradores locais e as Palmeiras-Imperiais (Roystonea oleracea [Jacq.] O.F. Cook) que são avistadas até hoje e ainda lembradas pelos cidadãos mais antigos (FIGURA 19.A). 
 
Por volta de 1986, a primeira remodelagem brusca muda as feições do logradouro estimado. Foram erguidas muretas para estruturar os jardins modificando a estrutura da praça, onde as crianças brincaram e se divertiram por um longo período de tempo (FIGURA 19.B). 
 
Agora, a última reformulação desta praça, ocorreu provavelmente no ano de 2008. Com o intuito de resgatar as características originais de sua construção, as muretas foram derrubadas e o prédio da Prefeitura recebeu decorações novas que tentaram imitar a arquitetura histórica que já possuía na década de 1920. 
 
De lá para cá, nada foi mudado e a praça é utilizada, normalmente, para apresentações cívicas englobando uma belíssima iluminação, bancos espalhados para acomodação dos cidadãos e vegetação rasteira, incluindo muitas espécies ornamentais que embelezam com suas múltiplas colorações (FIGURA 19.C).




FIGURA 19: Construção do Prédio da Prefeitura Municipal de Dourado – SP em 1928 (IMAGEM: José Miguel Demeti. Acervo Pessoal).






FIGURA 19.A: Prefeitura Municipal de Dourado – SP e o largo Alfredo Araújo em 1928 com suas primeiras espécies vegetais. Em destaque a muda de Roystonea oleracea [Jacq.] O.F. Cook, (Palmeira-Imperial) dentro do quadrilátero vermelho (IMAGEM: José Miguel Demeti. Acervo Pessoal).






FIGURA 19.B: Primeira remodelagem brusca ocorrida na Praça Alfredo Araújo em 1986, com destaque nas muretas que foram erguidas mudando as feições originais do passado (IMAGEM: Guilherme Carli Pereira. Acervo Pessoal).




FIGURA 19.C: Praça Alfredo Araújo depois da ultima remodelagem em 2008 (IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).


Donato, Gabriel Romeiro.
Abordagem florística e fitossociológica das praças da cidade de
Dourado-SP com traços de sua história e cultura/Gabriel Romeiro
Donato - Araraquara: Centro Universitário de Araraquara, 2011.


AGRADECIMENTOS:

A professora Flavia Cristina Sossae pela ajuda e orientação.
Ao professor João Carlos Geraldo pelas dicas e co-orientação.
A todos que contribuíram disponibilizando arquivos e memórias, cedendo lembranças e fotografias. Em especial a Adilson Carlos C. Guimarães, Afrânio José Donato, Ariovaldo Felippe Foschini, Attilio Jacobucci, Benedito Aparecido Honório, Clarice Lopes Pinheiro, Cleria Rossi Flores, Dircio João Roberto, Edmur M. Buzzá Neto, Elva Silva Motta Buzzá, Evandro Miranda Gonçalves, Guilherme Carli Pereira, João Carlos Ballestero Martins, José Finhana Riva, José Miguel Demeti, Kathya Lilian Carli Pereira, Lafaiete Lozano, Luiz Antonio Mastroangelo, Maria Cleuza de Oliveira Abreu, Natália Verrunes Tortoreli, Nereide Aparecida Mangini Neshikawa, Oswaldo Mariano, Oswaldo Munhoz, Suely Aparecida Romeiro dos Santos e Vicente José Lozano.
A Beatriz Rosalin por averiguar a gramática correta.
A João Carlos Brunelli Martins pelo apoio na classificação florística.
A Gustavo Guimarães pelo auxilio nas medições dos dados fitossociológicos.
A minha família pela força e entusiasmo diante as adversidades da vida.
A todos que cooperaram, direta ou indiretamente, com este trabalho, meu muito obrigado!



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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Praça São João Batista - Dourado, SP.


Popularmente chamada como “Praça da Matriz”. Esta localizada nas coordenadas 22º 07’ 01.62” latitude Sul e 48º 19’ 03.87” longitude Oeste e entre as ruas Dr. Marques Ferreira, Barão do Rio Branco, Demetrio Calfat e Tiradentes, no bairro Centro. Foi construída junto a elaboração da Igreja Matriz de São João Batista, a mais antiga e famosa da cidade (FIGURA 05).




FIGURA 05: Visão panorâmica. Localização da Praça São João Batista presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).




FIGURA 13: Plantas encontradas nas praças da cidade de Dourado - SP com utilidades alimentícias e medicinais. A) Hovenia dulcis Thunb; B) Eugenia uniflora L.; C) Persea americana Mill.; D) Schinus terebinthifolius Mart.; E) Syzygium cumini (L.) Skeels; F) Cymbopogon winterianus Jowitt ex Bor; G) Digitalis purpúrea L.; H) Annona muricata L.; I) Tamarindus indica L. J) Bixa orellana L.; K) Guarea guidonia L. Sleumer; L) Plumeria caracasana JRJohnst. (IMAGEM: LORENZI, MATOS, 2008; LORENZI, et al, 2003).



Infelizmente não há registro do nome oficial desta praça e nem da sua elaboração na Prefeitura Municipal de Dourado - SP. Porém estima–se que ela carrega em seus anseios aproximadamente 100 anos e consigo relatos que merecem destaque dos momentos de prazer e alegria de muitos residentes que deixaram lágrimas quando suas lembranças exaltaram os bons tempos do passado (FIGURA 18).

Praça São João Batista, assim ela foi e é conhecida pela população douradense por embelezar a Igreja de São João Batista e que desde o início acompanhou a sua construção e participou de suas futuras mudanças. Está situada no bairro Centro, entre as Ruas Dr. Marques Ferreira, Barão do Rio Branco, Demetrio Calfat e Tiradentes adjacente a Escola Municipal Senador Carlos José Botelho se enquadrando dentro do perímetro urbano municipal (FIGURA 18.A).

No comentário de pessoas mais idosas, em outros tempos a posição da praça no centro urbano carregava outra trama social. Um exemplo disto foi à existência de um serviço de auto–falante da Igreja, conhecido com “A voz de Dourado” e em todas as noites, por volta das 20 horas, eram oferecidas músicas aos amigos ouvintes ou namorados apaixonados que se encontravam pelo prazer do conforto da praça. Esse serviço hoje, não existe mais e o auto–falante é usado apenas para comunicar notas de falecimento ou esclarecimentos de utilidade pública.

A qualidade da jardinagem, também foi mencionada perante as mudanças que sofreram. Sua formação compunha uma ampla área florida que foi se perdendo ao longo dos anos. Entretanto, as espécies ainda presentes e citadas, foram às antigas Sibipirunas (Caesalpinia peltophoroides Benth.), os Ipês-Roxo (Handroanthus avellanedae [Lorentz ex Griseb.] Mattos) e as forrações, maravilhadas pelos visitantes. Já os jardineiros habilidosos que preenchiam o corpo de organização da praça, foram se aposentando e a nova geração deixou a desejar forçando a obtenção de outras formas de cultivo perdendo a tradição local.

Além do mais, quem não gostava de ouvir o som da banda “19 de Maio”, fundada em 1962 pelos próprios douradenses e que se reunia em comemorações da cidade, principalmente no antigo coreto de madeira (FIGURA 18.B) instalado na praça que atendia a arte cênica da época e que hoje, por força da circunstância, foi trocado por um de concreto (FIGURA 18.C). Como a banda foi e é muita prestigiada, algumas apresentações são feitas em datas especiais para relembrar e emocionar os apaixonados de plantão.

Com a série de modernização adotada pelos modelos políticos atuais, forçou a praça a passar por bruscas transformações desde sua inauguração. De acordo com Geraldo (1996), muito da vida noturna das praças perdeu–se, visto que os pontos de encontro hoje são os bares, lanchonetes e clubes de diversões havendo alguma concentração de pessoas em comícios, shows ou outros eventos. De certa forma, a Praça São João Batista deixou de ser a maior atração se comparado ao que fora no passado.

Mas, não se pode deixar de lado o que ainda resta. Sua última reformulação ocorreu agora em 2011, compreendendo uma vasta área arborizada com inúmeras espécies diferentes. Os organismos arbóreos que existiam foram preservados e uma série de ornamentais foi introduzidas compondo a área verde urbana. Suas luminárias e os bancos foram reformados proporcionado o lazer aos idosos que se reúnem todas às tardes para a prática de jogos interativos com baralhos e dominós.

E, apesar das festividades terem diminuído em relação ao passado, ainda ocorrem nesta praça, talvez pela sua grande dimensão ou por ser a mais querida e conhecida entra os residentes, alguns eventos comemorativos. O mais famoso, é a festa em louvor a São João Batista sendo, todo o ano, realizada nos meses de junho e julho e correspondendo a uma tradição na cidade, envolvendo shows, bingos, missas, procissões, parques de diversões, barracas de utensílios, jogos, doces e salgados e uma grande concentração populacional.

Praça São João, o "jardim": calçada estreita, as árvores que rodeavam a praça(com as lacerdinhas para irritar os olhos), a fonte, poste de ferro, o coreto com os banheiros, o serviço de alto-falantes, e a Igreja Matriz, belíssima. Compartilhado pelo Facebook com Déo em 09/2013.




FIGURA 18: Primórdios da Praça São João Batista da cidade de Dourado – SP. A 1ª imagem é uma visão que os residentes da época tinham quando estavam na praça e se voltavam para a Igreja. Já a 2ª imagem mostra a visão da Igreja sobre a praça (IMAGEM: José Miguel Demeti. Acervo Pessoal).





FIGURA 18.A: Praça São João Batista depois da última reformulação em 2011(IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).





FIGURA 18.B: Antigo coreto de madeira que existia na Praça São João Batista no município de Dourado – SP (IMAGEM: José Miguel Demeti. Acervo Pessoal).





FIGURA 18.C: Atual coreto de concreto existente na Praça São João Batista no município de Dourado – SP (IMAGEM: DONATO, G. R., 2011).






Coreto do Jardim em 1980.
Assim era até 1980. Saudade (ainda com os banheiros embaixo).

Compartilhado com Deo Demeti em 28/08/2013.




Gabriel Romeiro Donato

ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTORIA E CULTURA
 



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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Aves de Dourado


Passeriformes é uma ordem da classe Aves. Popularmente seus integrantes são chamados de pássaros ou passarinhos. O grupo é bastante numeroso e diversificado, com cerca de 5 400 espécies o que representa mais metade do total das espécies de aves. Geralmente, os pássaros são aves de pequenas dimensões, canoras, com alimentação baseada em sementes, frutos e pequenos invertebrados.
Algumas características dos passeriformes:
  • Pata com quatro dedos ao mesmo nível uns dos outros, três virados para a frente e um para trás;
  • Ausência de membranas interdigitais;
  • Penas: nove a dez remiges primárias, doze rectrizes;
  • Crias nascem indefesas e requerem cuidados parentais durante pelo menos algumas semanas;
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Compartilhado com o amigo douradense Milton Bueno, temos algumas fotos de aves que foram tiradas aqui em Dourado. Milton diz ainda que enviou ao site Wikiaves (Enciclopédia de Aves do Brasil) 322 fotos de 128 espécies diferentes e estas já foram publicadas. Algumas também foram publicadas na revista Terra da Gente e no site do EPTV.com.

Congratulações ao amigo Milton Bueno por dividir conosco informações importantes sobre o patrimônio ecológico que nossa região desfruta.



Bem-te-vi





Canário-terra-verdadeiro(casal)




Chopim-do-brejo






Tesoura-do-brejo




Cambacica




Besourinho-do-bico-vermelho




Sabiá-poca




Fim-fim




Coleirinha




Coruja-buraqueira




EM TEMPO: QUEM QUISER VER TODAS AS FOTOS É SO ENTRAR NO SITE www.wikiaves.com.br , selecionar Dourado-SP, clicar em: 1-usuários da cidade 2-Milton Bueno.


"Encontro" é uma ave passeriforme da família Icteridae. Conhecido também como "Primavera" no Pantanal e "melro", "merro" e "soldadinho" no Paraná e São Paulo. (Fonte: Wikiaves).
Foto tirada por Luiz Fernando Varella Filho no jardim de casa.











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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Praça Girassol - Dourado, SP


Conhecida pelos moradores como “Praça das Flores” ou “Rotatória das Flores”. Está localizada nas coordenadas 22º 07’ 11.24” latitude Sul e 48º 18’ 44.06” longitude Oeste e entre as ruas Alameda das Camélias, Alameda das Tulipas e Alameda das Flores, no Jardim das Flores (FIGURA 04).




FIGURA 04: Visão panorâmica. Localização da Praça Girassol presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).


A iniciativa de criar um novo loteamento, em meados de 1977, com a idéia de atender outra concepção de estética, diferentemente daquela já existente no município de Dourado – SP facilitou o nascimento do bairro Jardim das Flores dentro dos perímetros urbanos da cidade, graças a dois douradenses queridos que se propuseram a tirar do papel a idéia e seguir em frente com as elaborações.
 
Seu nome veio pela presença do córrego que passa próximo ao local, chamado de Rio Das Flores e o motivo principal da sua construção, estava voltado inicialmente à utilização do verde, pois de acordo com as normas do loteamento, além de ser um bairro apenas residencial, a cada dez metros deveria ser implantada uma árvore. No entanto, a importância da vegetação estava começando a ganhar vigor especial e diante dessa situação, foi decidido junto a elaboração do Jardim das Flores a montagem de uma praça, situada entre as Ruas Alameda das Camélias, Alameda das Tulipas e Alameda das Flores, para satisfazer as vontades dos residentes quanto ao ambiente agradável que estava surgindo e a beleza que se incumbia de preservar o paisagismo.
 
O logradouro recebeu o nome de Praça Girassol (FIGURA 17), isso porque, como as ruas do bairro foram homenageadas com o nome de flores, este espaço também recebeu o nome de uma flor. E outro relato interessante mostrou que, como sempre se tratou de um local onde sua dimensão foi em forma de circunferência, o nome girassol (da planta) foi lembrado por corresponder “giro ao sol”, esclarecido pelas crendices populares e pelos próprios moradores do bairro.
 
Desde sua inauguração, tratou–se de um espaço particular, mas de acesso a todas as pessoas e, na Prefeitura Municipal, não foi encontrado nenhum registro de seu decreto, mas há os documentos que comprovaram a sua instalação.
 
A vegetação sempre esteve presente englobando quase toda a porção da praça, inclusive o Hymenaea martiana Hayne (Jatobá) e a Terminalia catappa L. (Sete-Copas) foram exemplos muito mencionados durantes os depoimentos. E mais, a presença de luminárias sempre contribuiu para o clareamento noturno facilitando o convívio das pessoas e os bancos para suas acomodações. Tanto é que, atualmente existe nos bancos da praça o nome de muitas famílias que prestigiaram, na época, o loteamento com doações e apoios financeiros e que puderam auxiliar na modelagem deste logradouro.



FIGURA 17: Praça Girassol ((IMAGEM: DONATO, G. R, 2011).


Gabriel Romeiro Donato

ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTORIA E CULTURA


Para analisar os fatores históricos foram realizadas entrevistas elaborando um roteiro com questões abertas e fechadas, discursivas e objetivas com a finalidade de obter maiores informações sobre as primeiras construções das Praças e de seus fundadores para evidenciar contos passados mesmo que não há, no momento, os projetos paisagísticos iniciais (com exceção da “Praça Aeroporto” que foi construída há pouco tempo e a “Praça São João” que passou por remodelagens bruscas ultimamente). Os participantes foram escolhidos aleatoriamente, mas, como o trabalho visou buscar pequenos traços históricos, preferencialmente, os mais idosos poderiam esclarecer melhores informações.
Durante a aplicação dos questionários, os informantes foram avisados dos objetivos do trabalho, sendo que sua participação era apenas como voluntário e as perguntas relacionadas foram analisadas e aprovadas pelo Comitê de Ética do Centro Universitário de Araraquara – UNIARA.


Levantamento Florístico.

Nome Popular das Plantas encontradas: Crista-de-Galo, agapanto, Agave, Mangueira, Chorão, Aroeira-pimenteira, Graviola, Jasmim-manga, Chapéu-de-Napoleão, Antúrio, Comigo-ninguém-pode,Lírio-da-paz, Árvore-da-Felicidade, Cheflêra,Pinheiro-de-Natal, Pinheiro-do-Paraná, Seafórcia, Palmeira-Areca, Palmeira-Leque-da-China, Palmeira-Fuso, Tamareira-de-Jardim, Tamareira-da-India, Palmeira-Imperial, Jerivá, Palmeira-Leque-do-Mexico, Gravatinha, Dracena,Barba-de-Serpente, Jacarandá-Paulista, Jacarandá-Mimoso, Ipê-Amarelo-da-Serra, Ipê-Roxo, Ipê-Amarelo-Cascudo, Espatódea, Ipê-Balsamo, Ipê-de-Jardim, Urucum, Babosa-Branca, Buxinho, Palma-Doce, Oiti, Clúsia, Sete-Copas, Gengibre-Azul, Trapoeraba-Roxa, Dália, Ipoméia-Arbórea, Calanchoê, Cica-Anã, Azaléia, Acalifa, Bico-de-Papagaio, Serigueira-Verdadeira, Gerânio, Heliconia-Papagaio, Capim-Palmeira, Pseudo-Iris-Azul, Calicarpa, Boldo-de-Jardim, Canelinha, Abacateiro,Olho-de-Pavão, Bauínia-de-Hong-Kong, Pata-de-Vaca, Pau-Brasil, Sibipiruna, Flamboyãzinho, Canafístula, Copaíba, Flamboyant, Jatobá, Ingá, Cabreúva, Canudo-de-Pito, Fedegoso-do-Mato, Tamarindo, Espada-de-São-Jorge, Resedá, Resedá-Gigante, Magnólia-Amarela, Castanha-do-Maranhão, Paineira-Rosa, Hibisco, Algodão-de-Praia, Malvavisco, Orelha-de-Onça, Quaresmeira, Macuqueiro, Santa-Barbara, Jaqueira, Ficus, Figueira-Mata-Pau, Figueira-Branca, Escova-de-Garrafa, Pitangueira, Jambolão, Primavera, Ligustre, Pau D'alho, Guiné, Pinheiro-Comum, Dedaleira, Grama-Comum, Capim-Cidreira, Citronela, Pinheiro-Budista, Pau-Formiga, Árvore-de-Fogo, Uva-Japonesa, Nespereira, Roseira, Tinguí, Murta, Árvore-da-China, Guaçatonga, Manacá-de-Cheiro, Estrelítzia, Pingo-de-Ouro e Alpínia.
 
Em relação ao quadro florístico, a maior concentração de espécies levantadas foram às exóticas, correspondendo a poucos organismos locais que contribuem para a estética dos espaços analisados. Lorenzi (2009) observou que entre as espécies nativas, apenas alguns tipos de Ipês, Sibipirunas, Oitis e coqueiros Jerivás são relativamente plantados nos centros urbanos, ou seja, a estimativa é de 80% das árvores cultivadas nas cidades brasileiras, sejam de flora exótica. Já, Rangel Junior (2006) exaltou um ponto de vista diferente, exclamando que não há preferência na plantação de árvores nativas em detrimentos das exóticas ou vice versa, porém o valor estético das plantas é o critério utilizado para a introdução em torno dos perímetros dos parques e praças e o de ofertar a cidade com espécies variadas no interior.
 
Por outro lado, Geraldo (1997) relatou que o fato de ser encontrada uma menor concentração de espécies nativas se da pela cultura local ou por valores de mercado, onde são oferecidas as mesmas espécies pelos comerciantes ou produtores já que as técnicas de cultivo estão desenvolvidas há tempos. Entretanto, neste trabalho foi verificado uma maior predominância de vegetais exóticos (65,54% do total levantado) contribuindo, assim, para fortalecer a literatura citada acima.


No trabalho realizado por Gabriel Romeiro Donato percebe-se a importância que os vegetais representam para as atividades humanas e utilidades econômicas auxiliando no bem estar social, onde a grande maioria das espécies levantadas contribuíram para a estética do paisagismo local.


Fig 12.




FIGURA 12: Plantas encontradas nas praças da cidade de Dourado - SP com utilidades econômicas. A) Araucaria angustifólia (Bertol.) Kuntze; B) Handroanthus sp; C) Myrocarpus frondosus Allemão; D) Hymenae martiana Hayne; E) Licania annii (Hook. f.) Fritsch; F) Bombacopsis glabra (Pasq.) Robyns; G) Ceiba speciosa (A.St..-Hil.) Ravenna; H) Hevea brasiliensis Müll.Arg. (Willd. ex A.Juss.); I) Pinnus elliottii Engel; J) Lagestroma indica L.; K) Delonix regia (Hook.) Raf.; L) Bauhinia variegata L.; M) Caesalpinia sp.; N) Cassia ferruginea (Schrad.) DC.; O) Ficus guaratinica Chodat; P) Triplaris brasiliana Cham. (IMAGEM: LORENZI, 2008; LORENZI, 2009; LORENZI, et al, 2003).



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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Áreas Verdes e Praças em Dourado



A preocupação com a gestão das áreas verdes se tornou mais evidente após o ECO - 92, motivando o planejamento de trabalhos visando à valorização da paisagem, o espaço público de convivência e condições de conforto ambiental que geram locais mais agradáveis aos sentidos humanos. Grey e Deneke, 1978 (apud KURIHARA; IMAÑA-ENCINAS; DE PAULA; p. 127; 2005) definem “arborização urbana como o conjunto de árvores que se desenvolvem em uma área publica e privada em uma cidade visando o bem-estar socio-ambiental, fisiológico e econômico da sociedade local”. E segundo Vidal e Gonçalves (1999) a presença da arborização no ambiente urbano melhora o microclima diminuindo a temperatura, através de sombreamentos, desvios da direção do vento, diminuição da poluição atmosférica, sonora e visual, embelezamento paisagístico, além das contribuições que satisfaçam as necessidades humanas.

De certa forma, as áreas verdes melhoram significativamente o meio urbano. A Ciência Biológica e outras áreas afins têm tentado compreender a problemática desses espaços. Estudos voltados à fisiologia de paisagem consideram importante a relação homem X natureza, ajudando em uma análise mais profunda quanto à ocupação racional dos espaços urbanos, proporcionando melhor qualidade de vida à população. O entendimento dessa dinâmica propicia à comunidade em geral um maior contato com as áreas naturais do espaço urbano, apontando análises relevantes na compreensão do contexto histórico real e da interferência da população na transformação das florestas (PASQUAL; FACHINI, 2010).


Definições:
Espaço Livre => é um termo abrangente contrapondo-se ao espaço construído em áreas urbanas. Tem como função o objetivo de satisfazer conceitos ecológicos, estéticos e de lazer.
Área Verde => local caracterizado pela presença de vegetação arbórea destinada a praças, jardins públicos e parques urbanos, além de canteiros centrais de avenidas e trevos e rotatórias de vias públicas com valoração estética e ecológica.
Parque Urbano = > trata – se de uma área que engloba a visão estética, ecológica e de lazer possuindo uma dimensão maior em relação a praças ou jardins públicos.
Praças => como área verde, têm função principal de lazer. Quando não é arborizada e encontra-se impermeabilizada, pode não ser uma área verde. E, tendo vegetação, é considerada como um jardim.
Arborização Urbana => no que diz respeito aos elementos vegetais, de portes arbóreos e incorporados dentro da cidade.
Outros termos como “Área Aberta” ou “Área Livre”, usualmente utilizado, devem ser evitados por trazer uma impressão de largura e comprimento. Já quando a expressão Espaço Verde/Livre entra em vigor, uma terceira dimensão é revigorada, tratando–se do real e deixando o imaginário em segundo plano.
Em virtude disso, o presente trabalho compreendeu apenas as praças, jardins públicos e parques urbanos, pois, de acordo com Geraldo (1997) o conceito de espaço livre urbano atinge uma dimensão muito grande resultando em um emaranhado de termos que devem ser discutidos separadamente, como ruas, áreas não–edificadas e áreas de passeios em geral e que, certamente, não contribuíram para esse estudo.
Como mencionado anteriormente, as praças ou os ajardinamentos em geral, são destinadas às atividades de recreação, lazer, convivência da população e passeios que são contemplados pelos planos de beleza. Algumas praças modernas já englobam áreas de lazer ativo como quadras poliesportivas, brinquedos para as crianças e até locais destinados a cultos religiosos. Esses espaços são reflexos da diversidade cultural da sociedade atual e passaram a assumir elementos, desenhos, cores, materiais e formas variadas, tendo em vista a arquitetura moderna. O que é interessante lembrar é o aspecto socioeconômico da evolução das praças em que a sociedade atua como vetor principal das mudanças funcionais e estruturais destes espaços livres e de uso público (ROBBA; MACEDO, 2003).


Objetivo Geral
Realizar o levantamento florístico e fitosssociológico das praças da cidade de Dourado-SP e resgatar alguns traços históricos desses logradouros.

Objetivos Específicos
Realizar o levantamento florístico identificando as espécies vegetais que compõem a área verde presente nas praças da cidade de Dourado.
Caracterizar através do estudo fitossociológico a comunidade vegetal, utilizando os dados obtidos para indicar a importância das plantas como subsídios para a elaboração de outros projetos, auxiliando em futuras reconstruções estruturais das praças e contribuindo para melhores remodelagens.
Analisar os fatores históricos das praças através de entrevistas e depoimentos atribuídos à população com o intuito de obter um maior esclarecimento de sua fundação e cultura comparando-os ao levantamento da composição florística atual e relacionando esses dados com as espécies mais antigas e reconhecidos pelos cidadãos.


Caracterizações das áreas de estudo

Dourado, considerada como o Centro Geográfico do estado de São Paulo, está localizada a 22º 07’ latitude Sul e 48º 18’ longitude Oeste, a 706 metros ao nível do mar, apresentando relevos montanhosos e uma vegetação com predomínio do cerrado. De acordo com o Censo (IBGE/2010), estima–se que sua população compreendeu 8.607 habitantes. A temperatura gira em torno de 35ºC no verão, 22ºC no outono, 19ºC no Inverno e 27ºC na primavera, os solos são considerados bons para o plantio, tais como: latossolo vermelho amarelo, latossolo vermelho escuro, latossolo roxo, terra roxa estruturada, podzolizado vermelho e areias quartzozas profundas, abrangendo uma área total de 202 quilômetros quadrados. A hidrografia é rica e a economia é baseada na agricultura, pecuária, avicultura e comércio em geral.1
Suas praças, de maneira geral, apresentaram uma riqueza arbórea que foi caracterizada pela fitofisionomia, cujo levantamento destacou a vegetação nativa e exótica.
O estudo foi realizado em onze praças mais conhecidas e freqüentadas, que se encaixam nos parâmetros de áreas verdes urbanas.


Praça Rotary Centenário


Também chamada como “Praça da Rodoviária”. Está localizada nas coordenadas 22º 06’ 51.85” latitude Sul e 48º 18’ 49.53” longitude Oeste, circundando os arredores da estação Rodoviária de Dourado-SP entre as ruas Ceará e João Bertucci (FIGURA 03).
1 Disponivel em: http://www.dourado.sp.gov.br. Acesso em 15 dez. 2010.



FIGURA 03: Visão panorâmica. Localização da Praça Rotary - Centenário presente na cidade de Dourado-SP (FONTE: Google Earth; 08 set 2011).





Foi instituída ao lugar público localizado no bairro Parque Dourado II, dentro do perímetro urbano do Município de Dourado – SP, defronte ao Centro de Lazer do Trabalhador, próximo a Estação Rodoviário de Dourado, sob a Lei Nº 1.049 (de 04 de outubro de 2004) o nome de Praça Rotary – Centenário em 19 de maio de 2.005 que por sua vez dá acesso as Ruas Ceará e João Bertucci (FIGURA 16) (Prefeitura Municipal de Dourado).
Por estar próxima à Estação Rodoviária, esta pequena praça é freqüentada geralmente por indivíduos que aguardam os meios de transporte, inclusive os jovens estudantes da cidade que freqüentam os cursos noturnos e usufruem deste espaço esperando a hora chegar para enfrentar sua jornada estudantil. Além disto, outras pessoas também utilizam a praça para descanso e diálogos diários ocorrendo uma movimentação todo o tempo, já que o espaço compreende vegetação arbórea de grande e médio porte com bancos dispostos lateralmente e uma visão geral voltada ao Centro de lazer de Dourado.
Não se sabe exatamente em que época a praça foi construída, mas alguns moradores relatam que esta foi elaborada para preencher a estética local da Estação Rodoviária pela Prefeitura Municipal. Somente no ano de 2005, quando o Rotary Club1 comemorava cem anos (fundado em 1905), os participantes e dirigentes dessa associação em Dourado solicitaram, em homenagem, o nome de Rotary – Centenário para a Praça. O pedido foi aceito e o nome é preservado até hoje.


Figura 16: Praça Rotary – Centenário (IMAGEM: DONATO, G. R. 2011).
1 Rotary Club: Clube de profissionais que tentar estabelecer a paz e boa vontade no mundo voluntariamente em favor a sociedade. Disponível em: http://www.rotarybrasil.com.br. Acesso em 26 ago 2011.






Continuação das publicações do Trabalho de Gabriel Romeiro Donato.
ABORDAGEM FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLÓGICA DAS PRAÇAS DA CIDADE DE DOURADO-SP COM TRAÇOS DE SUA HISTORIA E CULTURA.



2 Rotary Club: Clube de profissionais que tentar estabelecer a paz e boa vontade no mundo voluntariamente em favor a sociedade. Disponível em: http://www.rotarybrasil.com.br. Acesso em 26 ago 2011.




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