quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dourado em Três Décadas (1940, 1950 e 1960).

Continuação: Os Carneiros e a Estrela (Parte VI) por Kate Agnelli.


Em Dourado a luta dos imigrantes para se integrar à sociedade continuava em meio a perdas e alegrias. Eram tempos de guerra e quando o Brasil entrou com os aliados para combater, os Italianos da cidade e seus filhos precisavam de salvo conduto para fazer qualquer pequena viagem. O sal tornou-se raro nas mesas e abundantes nos rostos...

Numa das muitas fazendas da cidade morava a família Borragini. D. Santa Nardini Borragini moradora da Santa Maria possuía sete filhas. Era o mês de agosto de ventos fortes e cortantes varrendo tudo até as esperanças. Por causa da poeira fina levantada a cada rajada, Cidinha uma das meninas sofria tremendos ataques de bronquite. D. Santa na sua fé ingênua, desejosa de aliviar os sofrimentos da filha, resolveu fazer uma promessa para os anjos. Prometeu dar um jantar para sete crianças. Assim fez. Matou o melhor frango que criava no quintal. Fez uma bela canja. Pediu para as meninas maiores acender as velas na capelinha que havia na beira da estrada, também chamada de ermida. Alí naquele mesmo lugar havia ocorrido uma tragédia muitos anos antes. Enquanto isso as filhas menores ficaram em casa ajudando a mãe a preparar a ceia tão esperada. Rosa colocou a toalha branca, os pratos, os lindos copos azuis trazidos da longínqua Itália, agora tão preciosos para elas. Enquanto isso na capelinha as meninas acenderam as velas, fizeram suas orações e já tinham decidido voltar, quando subitamente Luzia retornou dizendo que iria beijar a cruz que havia visto em cima do pequeno altar. As outras não gostaram da idéia e ficaram do lado de fora esperando. Luzia subiu num pequeno degrau para alcançar o crucifixo. Sem prestar atenção nas chamas das velas acesas logo abaixo. O vento continuava soprando malvado. Uma chama pulou na bainha do vestido de algodão de Luzia. Foi tal a rapidez que espalhou que Luzia saiu gritando e correndo, quanto mais corria mais as chamas tomavam força. As outras apavoradas gritavam desesperadamente.

Uma mulher acudiu. Mas as chamas já tinham devorado a pele da barriga da menina, parte do seu rosto e seu lindo cabelo louro. Em casa D. Santa começou a ficar preocupada com a demora das crianças. Saiu na porta da frente e tentava encontrá-las, olhando através das plantações. Foi quando percebeu um alvoroço e sua vizinha com um embrulho no avental. Olhar estarrecido. Um arrepio sacudiu a alma e D. Santa. Era Luzia quase morta. Foi como se uma espada invisível atravessasse sua vida para sempre.

D. Santa implorou a D'us aos anjos, gritou, chorou, desesperou-se, sentia-se partida ao meio, tamanha a dor, insuportável o sofrimento. Luzia durou apenas mais um dia.

Inutilmente enrolaram-na em grandes folhas de bananeira, mas em vão. Ela ainda teve tempo de pedir ao pai o seu doce preferido. O pobre homem pegou o cavalo e foi até a cidade comprá-lo. Luzia mordeu apenas um cantinho, tombou sua cabeça levemente e foi-se para sempre...

Voou Luzia linda e loura para luz, com os anjos. Ao beijar a cruz foi crucificada... E a mesa que aguardava uma festa para sete anjos, recebeu apenas um...Luzia foi velada pela família e por muitas outras famílias Italianas e Brasileiras que vinham chorar a morte trágica da criança, como também desabafar suas perdas e dores. Dona Santa já tinha perdido o chão quando deixou a Itália, agora perdera também o céu...

Nunca mais foi a mesma. Passou o resto da vida vagando dentro de uma infindável dor, no meio de nuvens de pesadelo e de chamas infernais... De vez em quando o padre da cidade ia visitá-la. Levava uma pedra sal, coisa rara na época, por causa da guerra. Em troca davam a ele patos que criavam no fundo do quintal.



A guerra continuava com seu ímpeto destruidor pela Europa. Os Italianos do Brasil foram proibidos pelo governo de falar a língua materna, assim como os Japoneses e Alemães. Enquanto muitos morriam nas frentes de batalha, a natureza fértil do Brasil produzia outro tanto de descendentes de Europeus e Japoneses. Nos anos quarenta os filhos de Antonio Agnelli também foram se casando. Carlos casou-se com Helena Sciarreta, Natal com Jocilena Lautenti. Francisco com Luzia Luzzi, Torelli com Aparecida Luzzi. Bauru começava a se expandir como portal para o Oeste um tanto desconhecido naquele tempo. Natal recém casado rumou para lá se empregando na Estrada de Ferro Noroeste, com a esperança nas mãos de trabalhador, a história dos antepassados na mente e uma incrível alegria dançarina, que nunca o abandonou. Teve quatro filhos, todos homens, Nelson, Nilson, Nilton e Norival. Com a entrada do Brasil na guerra muitos jovens foram convocados. Germano Agnelli era um idealista quando viajou com as tropas brasileiras para a Itália, para encarar de frente a face feia da guerra. Casou-se rapidamente antes da partida com sua noiva Josefa, que sem ele saber ficara grávida antes da partida. O Brasil sempre improvisou. Os soldados Brasileiros foram mandados para a batalha sem agasalhos suficientes, para o rigoroso inverno europeu.




Germano viu muitos compatriotas morrerem em conseqüência do frio. Alguns congelados, outros feridos, enfraquecidos acabavam pegando pneumonia. Até que, os soldados americanos se compadeceram da triste situação dos nossos pracinhas desprotegidos, arrumando roupas adequadas para todos. Diziam que foram com a cara e a coragem... Creio mais na imprudência juvenil e na irresponsabilidade...

Germano sobreviveu aos Alemães, a fome, ao frio. Era encarregado do rádio, para transmitir notícias para a tropa. Viu colegas Brasileiros serem estraçalhados por granadas inimigas, sem poder fazer nada. Muitas vezes era necessário passar por cima de cadáveres, tendo de correr entre trincheiras cheias de cheiro de pólvora e sangue, de gritos desesperados na escuridão, balas chispando por todo lado. Passou fome, comia o que encontrasse na neve, até insetos...

Ninguém consegue imaginar o quanto dói o sofrimento, enquanto não o encara de frente. Isso muda completamente uma pessoa. Muitos pracinhas nunca mais foram os mesmos, depois do que viram e passaram na Itália. É muito triste vê-los nos dias de hoje em paradas militares. Alguns em cadeiras de rodas, velhinhos, mas todos com o orgulho Brasileiro estampado nos rostos marcados. Os mais jovens sequer imaginam quanta história de vida passa junto com eles, enquanto a banda toca... Há muita ingratidão no ser humano em geral. Talvez todos querem realmente esquecer um período tão sombrio da história da humanidade.




Devido à guerra, no Brasil as correspondências eram abertas pelo exército, pelo receio de espionagem. Principalmente as cartas trocadas entre famílias de origem Italianas, Alemãs e Japonesas.

Em Dourado aconteceram fatos curiosos, a família Foschini recebia seus parentes da cidade de São Paulo que vinham passar férias de fim de ano. As crianças inocentemente puseram o nome de "Mussolini" num gatinho. Quando as aulas recomeçaram, as primas começaram a trocar correspondência como sempre. Uma das meninas escreveu à prima de Dourado perguntando como estava passando o "Mussolini". Não é que a polícia toda armada compareceu à casa dos Foschini perguntando onde estava o "Mussolini"!!!

Foram buscar o tal inimigo, que placidamente dormia debaixo da laranjeira do quintal e o apresentaram aos bravos patriotas!

Em maio de 1945 o pesadelo mundial acabou. Deixou cicatrizes profundas em parte da população do planeta. Cicatrizes infinitamante maiores naqueles que estiveram frente a frente com a morte. Mas a vida continua na sua infindável tarefa de espalhar seus genes. Germano voltou da guerra como herói. Na casa de Antonio Agnelli havia uma faixa com os dizeres pintados "desta casa saiu um herói". As crianças saíram da escola para esperá-lo na antiga estação ferroviária Douradense. As pessoas com bandeirinhas do Brasil acenavam. A banda tocava. Os mais velhos nas janelas também gritavam de alegria. Conheciam de perto as batalhas da sobrevivência... Foi uma festa . Junto com Germano retornou outro pracinha douradense Antonio Rodrigues Coelho. Coelho trouxe na sua bagagem sementes de cedrinhos Italianos. Foram plantados em frente ao Grupo Escolar, onde existe também um marco com o nome dos dois expedicionários.




Grupo Escolar Senador Carlos José Botelho.







Homenagem aos Expedicionários da Pátria.




Infelizmente outro jovem de apenas vinte e um anos marcou com seu sangue douradense as terras da Itália; José da Silva Nascimento. Enquanto as pessoas felicitavam os dois soldados sobreviventes, a mãe de José recebia apenas uma medalha em troca da vida preciosa de seu filho. Foi muito triste para as pessoas vê-la ali parada ao lado dos trilhos do trem, segurando aquele pedaço de frio metal, enquanto lágrimas escorriam pelo seu rosto quieto... Na casa dos Agnelli o dia era de comemoração. Antonio Agnelli deu um churrasco pra a população. Foi no campo de futebol da cidade, a alegria prolongou-se até altas horas da noite.








Germano pode enfim conhecer seu filho, que tinha seu nome. Durante a guerra as três irmãs de Germano, Justina, Maria e Zilda se casaram. Justina com Arnaldo Varela, Zilda com Miguel Angelo Colagrossi e Maria com Romeu Tavano. Três irmãs, três destinos. O marido de Justina era barbeiro, descendente de Italianos e Portugueses tiveram dois filhos Heleni e Edson. Arnaldo morreu estupidamente numa tarde do dia primeiro de maio. Jogava "malha" com os amigos quando teve um ataque cardíaco fulminante. Justina enviuvou aos quarenta e um anos e teve de acabar de criar os filhos a duras penas.

Zilda casou-se com Miguel Colagrossi comerciante. Muito ciumento da grande beleza e alegria dela. Zilda era inteligente, audaciosa. Dirigia seu próprio carro e tinha seu negócio, enquanto a maioria das mulheres não havia saído do fogão. Era emancipada emocionalmente e materialmente. Coisa imperdoável ao rançoso e rancoroso machismo. Morreu tragicamente. Uma linda borboleta vermelha, cheia de vida e alegria, presa para sempre numa parede, com o alfinete intolerante de um casamento errado.... Deixou duas filhas Mary Beatriz e Marly Tereza.

Maria casada com Romeu Tavano também comerciante teve quatro filhos Antonio Rafael, Romeu Cesar e as gêmeas Neide e Nancy. Maria viveu sempre para a família, muito justa e caridosa com as pessoas. Inteligente, gostava de política. Enviuvou quando ela e o marido já podiam aproveitar um pouco a vida juntos, viajando. Romeu faleceu repentinamente de ataque cardíaco, quase em frente ao hospital de Dourado. Entrou em depressão, nunca mais foi a mesma.

Newton um dos irmãos mais novos casou-se com uma bonita moça de Borborema, cheia de sonhos e ilusões juvenis, que se recusava a deixar, acabaram se separando. Tiveram três filhos; Helvio, Nilton e Almir. Ambos nunca mais se casaram. Na década de cinqüenta, quase ninguém mais se lembrava da guerra. Era passado. Todos queriam alegria em suas vidas.

Em janeiro de 1950 foi inaugurado o Dourado Clube e os bailes tornaram-se um acontecimento especial para os jovens. O bolero era dançado de rosto coladinho, grande furor na época.





Dourado pode enfim ter o seu primeiro prefeito eleito depois das revoluções 30/32. Foi José Buzza. Por esta época também foi construído o primeiro hospital, nos terrenos doados pela mãe do senhor Elias Maluf dono do Cotonifício Santo Ignácio. O apelido de Elias Maluf era "Babi". Quando menino ele era muito grande e forte e apareceu por lá um circo com o elefante de nome "Babi". Não deu outra, a molecada da época logo fez a analogia.

Em 1956 casou-se a última filha de Antonio Agnelli. Terezinha, depois de rodopiar pelos salões de baile livremente como passarinho, finalmente resolvera pousar. Aos vinte e cinco anos era linda, loura e delicada, arrebatava corações apaixonados. Foi criada com as rédeas soltas como diziam. Andava a cavalo de calças compridas, um escândalo na época. Chegou a ser eleita rainha do "Dourado Clube".

Como foi a última a se casar os Agnelli deram uma festa que durou dois dias. O mais engraçado do casamento foi a entrega dos presentes. As pessoas tinham que entregar para a sogra dela. Coitada não teve o gosto de abrir um pacote! Já foi imaginando a vida que a aguardava. Terezinha era um colibri colorido que acabou preso numa gaiola de sonhos chamada São Paulo. Teve três filhos Luiz Antonio, Maria Tereza e Maria Helena (Lenita). Vinha raramente para Dourado, sempre estava adoentada., fez várias cirurgias. Os ares paulistanos nunca fizeram bem para seu espírito livre.

Em 1957 Osório e Júlia perderam um filho Valdemir com quase cinco anos. Faleceu em conseqüência de uma cirurgia feita na cidade de São Carlos. O dinheiro andava muito curto para aqueles que teimavam em plantar. O algodão havia derrubado muitos agricultores. E os Bancos não queriam saber das variações da natureza. O agricultor sempre estava desprotegido perante as intempéries. Com a perda do filho, eles ficaram praticamente zerados.

Em 1958, Júlia teve outro menino, Wagner José exatamente um ano após a perda de Valdemir. Talvez D'us na sua misericórdia infinita, deu-lhe o único meio dela voltar à razão, pois nada a fazia voltar a realidade. Havia ficado paralisada pela depressão. Mesmo assim nunca mais foi a mesma pessoa. Para piorar quando Wagner completou três anos teve paralisia infantil, quase morreu. Sem saída Osório vendeu o último pedaço de terra que restara de herança de sua mãe.

Era chamada "Limoeiro", ficava perto do Saltinho da Marisa e do Caldas. Agora o "Limoeiro" pertencia ao Lucas Martins dono de um dos postos de gasolina da cidade. Sua irmã Maria Pereira eterna salvadora dos irmãos, vendeu trinta e quatro cabeças de gado e deu para Osório na tentativa de ajudá-lo. Situação difícil. Ele acabou se empregando numa fazenda de Dourado, pois só sabia lidar com bois e com a terra. Na fazenda Santo Antonio, nunca ninguém soube realmente quem era aquela gente, poucos enxergam além dos olhos... Em Dourado chegava um jovem médico cirurgião muito querido de todos. Laércio Antonio Benetti, nascido na cidade de Duartina. Tinha grande capacidade profissional, muito humano.

Cidade cheia de peculiaridades, Dourado recebeu a visita inesperada do futuro presidente da República, o senhor Jânio Quadros, que acabou almoçando na casa do Orlando Tavano e tirando um cochilo no sofá da sala. Homem de hábitos simples, logo enturmou com os douradenses. Em 1959 foi inaugurado o Ginásio Estadual "Dr. Salles Jr." Motivo de alívio para muitos pais que eram obrigados a mandar os filhos para outras cidades para estudar.

Na cidade funcionavam duas padarias a "de cima" e a "de baixo". A de cima pertencia a família Vanucchi, mais conhecida como a padaria do "Fofo". A de baixo era da família Pinheiro, ficava em frente a praça da igreja. A loja do Busto vendia os tecidos da moda. A família Leal vinda de Boa Esperança dos Sul, fundava a fabrica de vassouras. A cidade começava a se dar ares de progresso. Foi contratada uma companhia para fazer o asfalto, a Via Técnica. Muita gente da cidade arrumou emprego.

Quando o asfalto foi totalmente terminado, algumas pessoas da empresa ficaram na cidade, como o Mario Marques e a D. Cida esposa do Nardinho do posto. Outros como Valdecir Pereira e Dalva Borragini recém casados foram embora com ela. O país necessitava de estradas para as muitas rodas rodas que vinham da Europa e Estados Unidos. Fuscas invadiram as cidades como bandos de besouros famintos de progresso... O mais triste de tudo foi o fim da ferrovia. Em 1964 o toque de recolher foi geral. O francês foi abolido da escola. Diminuíram as matérias, mas não aumentaram a sabedoria...

O mundo se via dividido em duas grandes potências e suas enormes ideologias, no meio a juventude morria e o luto era premiado com medalhas... Com a filosofia de "paz e amor" muitos jovens deram as costas ao sistema, recusavam serviço militar, iam presos. Sem gente para guerrear por suas ideologias, os governos precisaram rever seus valores para sua própria sobrevivência...

Na América Latina com seu espírito naturalmente insubordinado apareciam guerrilhas e o famoso "Che Guevara" , repetindo a história... Ninguém pode salvar aqueles que não querem ser salvos...





No Brasil o presidente eleito pelo povo, Jânio Quadros renunciou sem explicar nada ao eleitorado. Ele que tencionava varrer a sujeira com sua famosa vassourinha ( símbolo de sua campanha), foi varrido. Um governo prematuro, inseguro, durou apenas sete meses, de 31 de janeiro de 1961 a 25 de agosto do mesmo ano. O vice João Goulart foi deposto. Foi viver nas suas fazendas de gado. Mais fácil de cuidar e ainda dava lucro. Na época a música "Disparada" cantada por Jair Rodrigues fazia muito sucesso...





Ver também:


Os Carneiros e a Estrela (Parte I).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/08/num-passado-distante-em-dourado.html


Os Carneiros e a Estrela (Parte II).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/08/dourado-e-imigracao-italiana.html


Os Carneiros e a Estrela (Parte III).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/08/ascendencia-espanhola.html


Os Carneiros e a Estrela (Parte IV).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/09/dourado.html



Os Carneiros e a Estrela (Parte V).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/09/isaura.html



Cartas de Germano Agnelli (2ª Guerra Mundial).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/search/label/Germano



Igreja Matriz de Dourado (Início do Século XX).

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/06/igreja-matriz-de-sao-joao-batista.html



História do Trevo de Dourado.

http://douradocidadeonline.blogspot.com/search?updated-max=2010-04-26T15%3A34%3A00-03%3A00&max-results=1


Criação da Escola Salles Júnior.

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2008/07/e-e-dr-salles-jnior.html


A História da Ferrovia Douradense.

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2008/10/companhia-douradense-estradas-de-ferro.html


O Turismo em Dourado.

http://douradocidadeonline.blogspot.com/2010/08/dourado-e-o-turismo.html



Nenhum comentário: